terça-feira, 6 de novembro de 2007

Anatomia no Século XIX

A principal contribuição do século XIX foi a formulação da teoria celular. Pode-se até discutir que esta teoria teria sido, a descoberta mais importante na história da biologia e da medicina porque todas as funções do corpo foram finalmente interpretadas como resultado da função celular.
O termo célula foi introduzido em 1665 por um médico inglês, Robert Hooke, quando examinava a estrutura da cortiça em seu microscópio na tentativa de explicar sua flutuabilidade. O que Hooke realmente observou forma as paredes rígidas que circundavam as cavidades vazias das células mortas. O significado da estrutura celular não se tornou evidente até aproximadamente 150 anos depois do trabalho de Hooke.
Com microscópios aperfeiçoados, pode-se observar melhor os detalhes. Em 1809, o zoologista francês Jean Lamarck observou uma substância semelhante a geléia no interior de uma célula viva e supôs que esse material seria mais importante que a estrutura externa à célula. Quinze anos depois, René H. Dutrochet descreveu as diferenças entre células de plantas e animais.
O princípio biológico da teoria celular foi creditado a dois cientistas alemães, Mathias Schleiden e Theodor Schwann.
Scheleiden, um botânico, sugeriu em 1838 que cada célula de planta leva uma vida dupla – ou seja, em alguns aspectos se comporta como um organismo independente, mas ao mesmo tempo coopera com as outras células que formam uma planta inteira.
Um ano depois, Schawnn, um zoologista, concluiu que todos os organismos estão compostos de células que são semelhantes na essência. Dezenove anos depois, a adição de outro princípio biológico parecia completar a constituição das células. Em 1858, o patologista alemão Rudolf Virchow escrevia um livro intitulado Patologia Celular no qual ele propunha que as células só poderiam surgir de células preexistentes. O mecanismo da replicação celular, contudo, continuou incompreendido por mais algumas décadas.

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