terça-feira, 6 de novembro de 2007

Anatomia na Mesopotâmia e Egito

O Período científico começa com os registros de observações anatômicas feitas na antiga Mesopotâmia cerca de 3.000 anos atrás em blocos de argila e em escrita cuneiforme e continua até nossos dias. Obviamente, todas as contribuições do passado para a ciência da anatomia não podem ser mencionadas; porém, certos indivíduos e culturas tiveram um importante impacto e serão rapidamente comentados nesse site.
A história da Anatomia apresenta um interesse paralelismo com a história da dissecação de cadáveres humanos.
Mesopotâmia era o nome dado à longa e estreita cunha de terra entre os rios Tigre e Eufrantes que atualmente é uma grande parte do Iraque. Escavações arqueológicas e registros antigos demonstram que está área já era povoada antes de 4000 a.C.
Com base nas informações registradas sobre a cultura do povo, a Mesopotâmia é chamada freqüentemente de O BERÇO DA CIVILIZAÇÃO.
Inicialmente, muitas investigações sobre o corpo representavam uma tentativa para descrever as forças básicas da vida. Por exemplo, as pessoas desejavam saber qual órgão constituía a alma.
Alguns escritos cuneiformes da Mesopotâmia antiga descreviam órgãos do corpo que, segundo se pensava, serviam para esta função.
O fígado, que foi exaustivamente estudado em animais sacrificados, era o guardião da alma e dos sentimentos que nos fazem homens. Esta era uma suposição lógica por causa, que era considerado essencial para a vida. Ainda hoje, algumas culturas européias associam o fígado com várias emoções.
A antiga cultura egípcia desenvolveu-se a oeste da Mesopotâmia, onde foi aperfeiçoada a sofisticada ciência do embalsamamento dos mortos na forma de múmias. Nenhuma tentativa conhecida era feita para realizar estudos anatômicos ou patológicos nos cadáveres, já que embalsamar era estritamente um ritual religioso reservado para a realeza e para os ricos a fim de prepara-los para uma vida depois da morte.
Foram descobertos vários trabalhos escritos sobre a anatomia do Egito antigo, mas nenhum deles influenciou as culturas que os sucederam. Menes, médico rei durante a primeira dinastia egípcia cerca de 3400 a.C. (Até mesmo antes das pirâmides terem sido construídas), escreveu o que é considerado o primeiro manual em anatomia. Escritas posteriores (2300-1250 a.C.) tentaram uma sistematização do corpo, iniciando pela cabeça e continuando no sentido descendente.

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